

24.04.2023
Programa foi implementado em quatro máquinas geradoras de duas usinas hidrelétricas da companhia e se tornou referência para o setor elétrico
A CTG Brasil implementou um sistema de gestão de riscos de segurança específico para o processo de modernização das usinas hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira. O pioneirismo da empresa teve como premissa o desenvolvimento de procedimentos operacionais de segurança específicos e a adaptação dos requisitos de NRs (Normas Regulamentadoras de Segurança do Trabalho) que atendessem à natureza complexa da atividade.
O sistema de gestão implementado pela CTG Brasil teve como desafios iniciais a identificação, o mapeamento e o dimensionamento dos riscos inerentes à cada etapa do trabalho. Além disso, foi considerada a implementação de medidas necessárias para garantir a segurança efetiva dos profissionais e causar o menor impacto possível na operação das usinas.
“Criamos uma estratégia flexível de gestão de segurança para processos de modernização de usinas hidrelétricas que nos possibilitou fazer ajustes com o avanço das atividades. Implementamos procedimentos para manter a interação fluida entre as equipes de modernização e operação, gerenciando pontos de conflito e garantindo a realização plena das atividades paralelamente”, explica Aljan Machado, Diretor de Saúde, Segurança e Qualidade da CTG Brasil.
As principais ações do modelo de gestão implementado foram:
- Implantação de estrutura organizacional específica de Saúde e Segurança do Trabalho;
- Fiscalização e acompanhamento integral de tarefas críticas;
- Implantação de procedimentos específicos para fases críticas, como comissionamento e testes de tensão;
- Gerenciamento de atividades de alto risco (uso de softwares e inspeções de segurança);
- Simulados de resgate em altura antes da execução da atividade;
- Treinamentos;
- Participação de profissionais de segurança no início do planejamento das atividades;
- Desenvolvimento e implantação de um processo de suporte técnico de segurança para as empresas que mais apresentam desvios (Mentoring de Segurança);
- Criação de grupos de trabalho específicos para os principais desvios;
- Engajamento do Comitê Deliberativo da Modernização;
- Controle de acesso de contratados;
- Projetos de proteção coletiva com ARTs;
- Premiação pela Performance de Segurança para empresas contratadas
Para a equipe envolvida no projeto, um dos maiores aprendizados foi a Análise Preliminar de Risco (APR), fase em que é feita a avaliação técnica dos possíveis riscos que podem ameaçar a saúde e segurança dos trabalhadores. “A APR se tornou uma importante ferramenta de gestão para a execução de qualquer atividade. Nossas equipes de campo só são autorizadas a iniciar trabalhos depois da verificação e liberação da APR. Além de reforçar nosso foco em acidente zero, otimizou o tempo dos profissionais envolvidos e do prazo a ser cumprido em cada etapa”, diz Valdinei Miquelin, Gerente Operacional de Saúde e Segurança do Trabalho.
O sistema de gestão implementado pela CTG Brasil alcançou resultados positivos significantes que permite à companhia replicá-lo para a modernização de outros ativos, além de torná-lo exemplo bem-sucedido para todo o setor elétrico.
Resultados
Desde que foi iniciado, o programa registra mais de três anos sem acidentes com afastamento – empregados próprios e terceiros, e redução contínua da severidade das lesões. O projeto de segurança constatou que, por intermédio da análise das informações do sistema de gestão, é possível identificar e priorizar as atividades de maior risco e otimizar a distribuição da equipe de segurança nas frentes de trabalho. Também registrou o envolvimento permanente da liderança da CTG Brasil na gestão dos requisitos de segurança e tratamento dos desvios.
A CTG Brasil ainda registrou a redução da rotatividade da mão de obra das empresas contratadas.
Estatísticas 2020 – 2022
- 4 milhões de horas trabalhadas
- 45 empresas contratadas
- 298 funcionários
- 245 inspeções realizadas
- 908 desvios identificados e tratados
- 3 mil participantes nos treinamentos de integração de segurança
Com o projeto em andamento, foi promovida ainda a padronização dos requisitos de segurança para cada etapa do processo de modernização: abertura da unidade geradora, remoção dos componentes, comissionamento e liberação para o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
O sistema de gestão gerou resultados não só em saúde e segurança nas usinas, mas impulsionou a evolução da gestão de empresas terceirizadas envolvidas no programa de modernização. “Aplicamos workshops, realizamos encontros semestrais e até oferecemos mentoria para engajar cada uma das contratadas aos procedimentos. Nosso papel também é dar o suporte necessário para esse fornecedor melhorar sua própria gestão de segurança e, consequentemente, evoluir em qualidade e resultados, impactando o setor como um todo”, afirma Aljan Machado.
Projeto de modernização
O maior e mais importante projeto de modernização de usinas hidrelétricas do País segue com toda energia para 2023. Conduzida pela CTG Brasil, uma das maiores geradoras de energia limpa do País, a modernização entra esse ano em uma nova etapa com um processo de licitação para a realização do terceiro lote, que abrange a reforma de seis máquinas das UHEs Jupiá e Ilha Solteira, três em cada.
Desde quando foi iniciado, em 2017, 8 máquinas já foram reformadas nas duas usinas. O primeiro lote modernizou quatro máquinas; o segundo e atual lote finalizou a reforma de quatro máquinas e entregará duas no primeiro semestre de 2023 e outras duas até o primeiro semestre de 2024. Considerado o maior programa de modernização em andamento em usina 100% nacional, o projeto vai aumentar a disponibilidade e a confiança das operações e garantir a eficiência do sistema gerador de energia por mais 30 anos.
Como parte do projeto de modernização, a CTG Brasil inaugurou um novo Centro de Operação da Geração (COG) na Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira. O espaço passa a comandar, monitorar e supervisionar 12 usinas hidrelétricas e duas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) da empresa, totalizando cerca de 7,6 GW distribuídos em setenta unidades geradoras.