Relatório Anual de Sustentabilidade 2018

Sustentabilidade
e inovação nas operações

Oferecer energia limpa, ser eficiente
na operação e no fornecimento
de energia, garantindo a solidez
financeira do negócio

33.948,89 GWh

de energia elétrica gerada

30.088,29 GWh

de energia vendida

R$ 2,8 bilhões

de receita líquida

R$ 8,0 milhões

investidos em Pesquisa & Desenvolvimento

Desempenho econômico-financeiro

Cenário econômico e setorial
A expectativa de recuperação da economia brasileira não se confirmou e o país viveu mais um ano de instabilidade econômica e política, sobretudo por causa das eleições realizadas em outubro. O Produto Interno Bruto (PIB), que havia aumentado 1,0% no ano anterior, manteve o ritmo de baixo crescimento: estimativa de alta de 1,3% segundo o boletim Focus, do Banco Central, publicado no final de dezembro.
A produção industrial cresceu 1,1% no acumulado de 2018 e o comércio varejista registrou vendas 2,3% maiores, a mais elevada variação em cinco anos. A taxa média de desocupação foi de 12,3%, ante 12,7% no final de 2017, de acordo com indicadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de juros Selic, definida pelo Banco Central, encerrou na meta de 6,5%, diante dos 7,0% registrados no início de 2018. A inflação medida pelo IPCA foi de 3,75%, acima dos 2,95% de 2017, mas num nível ainda baixo, em razão do reduzido crescimento econômico, e dentro da meta do Banco Central.
Mercado de energia
A capacidade instalada total de geração de energia hidrelétrica no Brasil alcançou 104.195 MW em dezembro de 2018, acréscimo de 3.876 MW (mais 3,9%) em relação ao ano anterior, de acordo com dados do Boletim de Monitoramento do Sistema Elétrico Brasileiro, do Ministério de Minas e Energia. Já os números do Operador Nacional do Sistema (ONS) mostram que fontes hidrelétricas corresponderam a 71,8% da energia gerada (417.906 GWh do total de 581.898 GWh). As usinas térmicas, incluindo nucleares, responderam por 17,4%; os parques eólicos, por 8,3%, e as fontes solares, por 0,5%.
O consumo de energia foi 1,1% maior do que em 2017, alcançando 472.242 GWh, conforme a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Todos os segmentos de consumo registraram alta: 1,3% industrial; 1,2% residencial; 0,6% comercial e 1,0% outros. O consumo do mercado regulado caiu 1,3% e a migração de consumidores favoreceu o aumento de 6,3% registrado no mercado livre.
Ambiente regulatório
Duas questões regulatórias mobilizaram o setor de geração de energia elétrica ao longo de 2018: fator de ajuste de garantia física (Generation Scaling Factor – GSF) e a própria revisão da garantia física das usinas hidrelétricas.
GSF
A questão do GSF entrou em discussão judicial em 2015, quando a Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine) solicitou e obteve uma liminar para expurgar do cálculo do GSF todos os riscos não hidrológicos (despacho fora da ordem de mérito, importação de energia e redução de carga das distribuidoras). Em outubro de 2018, a Aneel obteve no Superior Tribunal de Justiça (STJ) a suspensão dessa liminar, mas sem incluir os valores de GSF retidos entre julho de 2015 e fevereiro de 2018.
A decisão não tem impacto nas demonstrações contábeis da Companhia, que já vinha provisionando esses valores para a Rio Paranapanema. Adicionalmente, a decisão determinou que os impactos relacionados ao GSF fossem contabilizados retroativamente a fevereiro de 2018, a partir de quando a Companhia passou a suportá-los nas liquidações realizadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Já a Rio Paraná, que tem 70% de sua garantia física comercializada no sistema de cotas, não contestou as condições de repactuação de risco hidrológico estabelecidas em 2017 pelo órgão regulador.
O tema, entretanto, não está solucionado. O PL 10985/2018, já aprovado no Senado, apresenta uma solução para o risco hidrológico dos geradores e está aguardando votação na Câmara dos Deputados.
Garantia física
A Rio Paranapanema ajuizou ações para suspender a Portaria 178/2017, do Ministério das Minas e Energia, que define os novos valores de garantia física das usinas hidrelétricas despachadas centralizadamente, válidos a partir de 1º de janeiro de 2018. Foram obtidas liminares em abril de 2018, que permaneceram em vigor até o final do exercício. Para a Rio Paranapanema, houve redução de aproximadamente 5% da garantia física vigente em dezembro de 2017. Em abril, foram obtidas duas liminares, abrangendo primeiro as UHEs Chavantes, Capivara, Taquaruçu e Rosana e a seguir as UHEs Canoas I e Canoas II na parcela que ultrapassa o percentual de 10% de redução de garantia física sobre o valor-base estabelecido para o ano 2000, quando foi assinado aditivo ao contrato de concessão dessas duas usinas.
Em 5 de julho de 2018, com o Despacho Aneel nº 1.434/2018, houve incremento de 2,9 MWm da garantia física da UHE Capivara, resultado da conclusão do processo de repotenciação da unidade geradora nº 1. Assim, a nova garantia física total da UHE Capivara passou a ser de 327,2 MWm (anteriormente era 324,3 MWm).

 

 

Desempenho operacional

TAXA DE DISPONIBILIDADE DAS USINAS MANTIDA ACIMA DOS LIMITES REGULATÓRIOS
Entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2018, as usinas controladas e operadas pela CTG Brasil geraram 33.948,89 GWh de energia elétrica, redução de 1,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foi de 34.439,75 GWh. Essa retração deveu-se à redução no volume de chuvas no país, que levou o Operador Nacional do Sistema (ONS) a despachar menos energia de fontes hidrelétricas, afetando especialmente as usinas da Rio Paranapanema.
As oito usinas da Rio Paranapanema e as duas PCHs da Rio Sapucaí registraram redução de 7,9%, com total 12.457,81 GWh. A Rio Paraná, com as UHEs Jupiá e Ilha Solteira, gerou 20.226,52 GWh, ou 2,5% acima do ano anterior. A UHE Salto, da Rio Verde, gerou mais 3,3%, com total de 607,43 GWh no ano e a UHE Garibaldi, da Rio Canoas, teve geração 10,9% maior, encerrando o ano com volume de 657,13 GWh.
A taxa de disponibilidade das usinas ficou, mais uma vez, acima dos limites regulatórios – graças à experiência acumulada, à capacidade técnica e ao comprometimento dos trabalhadores, à consistente política de investimentos da Companhia e ao eficiente programa de manutenção dos equipamentos.
DISPONIBILIDADE DE GERAÇÃO¹ |GRI EU30|
Usina Limite regulatório 2017 2018
UHE Ilha Solteira 89,58% 91,98% 92,57%
UHE Jupiá 89,58% 91,88% 92,84%
UHE Garibaldi 92,32% 96,6% 97,87%
UHE Salto 92,83% 96,72% 96,67%
UHE Jurumirim 92,83% 99,02% 99,04%
UHE Chavantes 92,32% 97,65% 98,39%
UHE Salto Grande 93,37% 95,04% 96,32%
UHE Canoas II 93,37% 96,11% 97,52%
UHE Canoas I 93,37% 98,29% 97,65%
UHE Capivara 92,32% 95,08% 97,78%
UHE Taquaruçu 92,32% 95,87% 95,75%
UHE Rosana 92,32% 94,63% 95,21%
PCH Palmeiras NA 81,84% 98,32%
PCH Retiro NA 97,65% 88,97%
Obs.: Índice de disponibilidade é a quantidade de tempo que as unidades geradoras de uma usina estão disponíveis para produzir eletricidade dividida pelo tempo total no período, considerando intervenções programadas e não programadas nas unidades geradoras. O ONS tem a responsabilidade de processar mensalmente esses índices por meio de equações de taxas equivalentes, exceto PCHs.
Comercialização
Ainda que a recuperação econômica não tenha ocorrido com a força esperada, a Companhia obteve consistentes resultados de vendas no ano. A estratégia comercial baseia-se na negociação de energia com dois anos de antecedência (A-2), tendo sempre uma carteira diversificada de clientes com robusta qualidade de crédito e o apoio do Comitê Estratégico Comercial para análise e alinhamento das questões estratégicas.
O volume de energia vendida, sem considerar Mercado de Curto Prazo (MCP) e Mecanismos de Realocação de Energia (MRE), totalizou 30.088,29 GWh, sendo 20.768,82 GWh na Rio Paraná, 7.858,16 GWh na Rio Paranapanema, 897,666 GWh na Rio Canoas e 563,64 GWh na Rio Verde.
Na Rio Paraná, 25% das vendas de energia foram realizadas para o Ambiente de Contratação Livre (ACL) e 75%, para o Ambiente de Contratação Regulada (ACR). O contrato de concessão da Rio Paraná estabelece que, desde 1º de janeiro de 2017, 70% da energia gerada deve ser comercializada no regime de cotas da garantia física, sendo os 30% restantes passíveis de negociação no ACL ou ACR.
No caso da Rio Paranapanema, 97% das vendas de 2018 foram realizadas para o ACL e 3% para o ACR. A Rio Verde teve 100% da sua garantia física negociada no ACL e a Rio Canoas manteve 46% no ACL e 54% no ACR.
Atualmente, por conta do grande déficit nas chuvas, as empresas geradoras são despachadas pelo ONS em volumes inferiores aos de sua garantia física e para cumprir os contratos com os clientes compram energia no mercado de forma a cobrir essa diferença, correndo o risco de maiores preços nas negociações à vista. Assim, atuando na compra e venda, tanto no mercado futuro quanto à vista, a Companhia executou uma gestão eficaz dessas variações.
Outro aspecto relevante para a atuação comercial da CTG Brasil foi a recertificação da área de Comercialização na Norma ISO 9001, agora na versão 2015 (antes mantinha a versão 2008).
CTG Experience
A primeira edição do evento foi realizada no dia 26 de abril e reuniu mais de 420 clientes, parceiros comerciais, fornecedores e comercializadores de energia elétrica. Criado com a missão de consolidar a marca CTG Brasil, o CTG Experience foi aberto pelo presidente, Li Yinsheng, e contou com palestras de profissionais experientes para reflexões sobre inovação, governança corporativa, gestão empresarial, futuro da energia e da humanidade. Uma das atrações oferecidas aos participantes foi uma simulação de voo de asa-delta mostrando parte das bacias hidrográficas brasileiras.

Satisfação do cliente
A Rio Paranapanema realiza a cada dois anos uma pesquisa de satisfação de clientes, conduzida por empresa independente. Na última edição, de 2017, registrou 91,9% de clientes satisfeitos, índice acima da média de mercado (83,5%).

 

ÍNDICE DE SATISFAÇÃO DO CLIENTE

2005 90,2%

2006 93,2%

2008 94,8%

2011 93,8%

2013 91,7%

2015 96,4%

2017 91,9%

Média B2B 83,5%

Desempenho financeiro

APRIMORAMENTO NA METODOLOGIA DE REGISTRO CONTÁBIL EM RIO PARANÁ
Resultado
A receita líquida combinada das operações da CTG Brasil totalizou R$ 2,8 bilhões em 2018 e a geração operacional de caixa (Ebitda) foi de R$ 1,4 bilhão, com margem de 48,1%. O resultado líquido foi negativo de R$ 105,5 milhões, com margem líquida de -3,7%. Essa redução apresentada foi devida, basicamente, ao aprimoramento na metodologia de registro contábil dos ativos financeiros da empresa Rio Paraná Energia (ICPC 01 – Interpretação técnica do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, aplicável a contratos de concessões). Reflete ajuste da metodologia contábil IFRC 12 (International Financial Reporting Standard – ou padrão internacional de contabilidade).
Em bases comparativas, isto é, normalizando os efeitos da ICPC 01 aplicada aos ativos financeiros relativos ao contrato de concessão da Rio Paraná, a receita líquida combinada das operações da CTG Brasil somou R$ 4,7 bilhões e o Ebitda atingiu R$ 3,2 bilhões, com margem de 68,4%. Nesse cenário normalizado, o resultado líquido foi positivo em R$ 1,1 bilhão, com margem líquida de 23,5%.
PRINCIPAIS INDICADORES FINANCEIROS DE 2018 |GRI 102-7|
CTG Brasil (Combinado¹) Rio Paraná Rio Paranapanema Rio Canoas Rio Verde
Receita bruta
(R$ mil)
5.592.135 3.685.576 1.459.658 198.215 248.686
Receita líquida
(R$ mil)
2.850.989 1.130.449 1.318.862 178.138 223.540
Custos e despesas operacionais
(R$ mil)
-1.990.451 -883.134 -828.994 -117.047 -161.276
Resultado operacional
(R$ mil)
860.720 247.497 489.868 61.091 62.264
Ebitda
(R$ mil)
1.372.556 485.305 702.936 97.192 87.123
Margem Ebitda
(%)
48,1% 42,9% 53,3% 54,6% 39,0%
Resultado líquido
(R$ mil)
-105.477 -422.306 255.911 22.434 38.484
Margem líquida
(%)
-3,7% -37,4% 19,4% 12,6% 17,2%
1 Em 2018, dado combinado das operações das geradoras do Grupo, considerando que a CTG Brasil, societariamente, se tornou acionista indireta da Rio Paranapanema Energia em 30/11/2018, com 96,19%. Resultado reflete ainda aprimoramento de metodologia contábil da Rio Paraná.
Valor adicionado |GRI 201-1|
O valor adicionado combinado da CTG Brasil foi de R$ 1,9 bilhão, representando a diferença entre a receita bruta e os valores pagos por materiais e serviços adquiridos de terceiros, depreciação e amortizações. Ou seja, é a riqueza agregada pela atividade empresarial.
Do total do valor adicionado, 14,7% foram distribuídos ao governo e à sociedade, na forma de impostos, taxas e contribuições; 7,7% aos colaboradores, por meio de salários, benefícios e encargos sociais; 83,3% a terceiros, referente a pagamento de juros e aluguéis; e -5,7% em dividendos e juros sobre capitais próprios para os acionistas.
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO¹ |GRI 201-1| 2018
Receitas 3.433.922
Vendas de energia e serviços 3.386.875
Receitas relativas à construção de ativos próprios 47.047
Insumos adquiridos de terceiros (incluem os valores de impostos – ICMS, IPI, PIS e Cofins) -1.252.931
Custos dos produtos; das mercadorias e dos serviços vendidos -975.357
Materiais; energia; serviço de terceiros e outros -145.480
Perda/Recuperação de valores ativos -47.047
Outras -85.047
Valor adicionado bruto 2.180.991
Cotas de reintegração (depreciação, amortização) -512.134
Valor adicionado líquido produzido pela entidade 1.668.857
Valor adicionado recebido em transferência 186.981
Resultado de equivalência patrimonial 183
Receitas financeiras 174.267
Outras 12.531
Valor adicionado total a distribuir 1.855.838
Distribuição do Valor adicionado
Pessoal 143.456
Governo 272.662
Terceiros 1.545.197
Acionistas -105.477
1 Em 2018, dado combinado das operações das geradoras do Grupo, considerando que a CTG Brasil, societariamente, se tornou acionista indireta da Rio Paranapanema Energia em 30/11/2018, com 96,19%.
Financiamentos
As principais realizações do ano foram a emissão de duas debêntures e a renegociação de um contrato de empréstimo. Em março, a Rio Paranapanema fez uma emissão de R$ 320 milhões, com vencimento em cinco e sete anos, com juros de 106,75% a.a. para a série em CDI e correção monetária pelo IPCA com juros de 5,5% a.a., para a segunda série.
Em junho, a Rio Paraná emitiu R$ 480 milhões, também com vencimento em cinco e sete anos, com o compromisso de pagar para a primeira série juros equivalentes à variação do CDI mais 1,05% ao ano e para a segunda série, correção monetária em IPCA com juros de 6,15%. Foi a primeira emissão de títulos da Rio Paraná e também primeira vez que a CTG Brasil obteve, do Ministério das Minas e Energia, o enquadramento como projeto prioritário para debêntures de infraestrutura.
Já a renegociação do contrato de empréstimo (no valor de R$ 2,7 bilhões) com o banco MUFG, teve por objetivo sair de uma taxa fixa (de 13,365%) para outra variável. Em junho de 2018, a taxa fixa passou para 13,165% e a partir de junho de 2019 os juros pagos serão com base no CDI mais 0,45%, sendo o vencimento estendido para 2023.
Ratings
Rio Paraná e Rio Paranapanema foram reconhecidas com ratings de grau de investimento. Ambas têm a maior nota conferida pela agência de risco Moody’s na escala nacional (triplo A), com ascensão de suas perspectivas para estável durante o ano de 2018 após a revisão de crédito do rating Soberano.
A boa nota de crédito da Rio Paranapanema é afirmada também pela Standard and Poor’s, conferindo também a maior nota (brAAA).
Os ratings refletem os fluxos de caixa estáveis e previsíveis da Companhia, derivados dos contratos de concessão de longo prazo.
RATING DE CRÉDITO CORPORATIVO – RIO PARANAPANEMA ENERGIA
Agência Escala Rating Perspectiva Data
Rio Paranapanema
Standard & Poor’s Global BB Estável 27/11/18
Standard & Poor’s Nacional brAAA Estável 27/11/18
Moody's Global Ba1 Estável 10/04/18
Moody's Nacional Aaa.br Estável 10/04/18
Moody's Debêntures Aa1.br Estável 08/02/18
Rio Paraná
Moody's Global Ba1 Estável 15/08/18
Moody's Nacional Aaa.br Estável 15/08/18
Rio Paraná e Rio Paranapanema foram reconhecidas com ratings de grau de investimento. Ambas têm a maior nota conferida pela agência de risco Moody’s na escala nacionalxxxx

Inovação

APOIO AO CRESCIMENTO DO SETOR ELÉTRICO E A GANHOS DE EFICIÊNCIA DA COMPANHIA
|GRI 103-2, 103-3, ex-EU8|
Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) receberam recursos de R$ 8,0 milhões em 2018, atendendo à obrigação regulatória de investir no mínimo 1% da receita operacional líquida nessas iniciativas. Os recursos são aplicados com o objetivo de sustentar iniciativas de inovação e ganhos de eficiência da Companhia, com o maior volume (54,4%) destinado a projetos de meio ambiente. A prioridade é avançar na identificação de necessidades que podem ser atendidas por projetos que se alinhem ao direcionamento estratégico da CTG Brasil, de forma a cumprir a visão de se tornar referência em geração de energia limpa no país.
A grande tarefa do ano consistiu em montar um roadmap tecnológico para orientar os projetos de P&D de forma a alocar os recursos para que efetivamente os objetivos e linhas de pesquisa tenham impacto positivo sobre ganhos de eficiência e as comunidades envolvidas. Esse trabalho foi concluído em dezembro e dez iniciativas priorizadas e aprovadas pelo Comitê Executivo devem começar a ser executadas em 2019.
No ano, 15 trabalhos científicos foram submetidos a diferentes periódicos, revistas, seminários, simpósios e outros canais de difusão acadêmica, refletindo o caráter inovador e as técnicas de vanguarda do portfólio de projetos.

INVESTIMENTOS EM P&D POR ÁREA - 2018

54,3% Meio ambiente

13,4% Planejamento de sistemas

12,2% Operação de sistemas

0,6% Gestão de bacias e reservatórios

1,2% Fontes alternativas de energia

18,3% Supervisão, controle e proteção

Principais projetos de P&D
Os projetos de P&D são detalhados no Anuário P&D, que fica disponível na página da CTG Brasil na Internet (clique aqui). Os destaques de 2018 foram:
Mexilhão-Dourado – O mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) é um molusco que está entre as mais temidas espécies invasoras nos rios brasileiros. Em julho, a CTG Brasil deu início à segunda fase desse projeto pioneiro, cujo objetivo é criar um mexilhão geneticamente modificado capaz de cruzar com seus parentes selvagens e produzir apenas descendentes estéreis – técnica semelhante à que já é usada para controlar a população de mosquitos que transmitem doenças como dengue e malária. A nova etapa da pesquisa – denominada Controle Biotecnológico da Infestação do Mexilhão Dourado –, deve durar 24 meses e será realizada em parceria com a Bio Bureau e o Senai CETIQT. O projeto foi selecionado como um dos mais inovadores em sua categoria no Edital de Inovação para a Indústria, em um acordo de cooperação assinado entre a CTG Brasil e o Senai. O projeto será executado com a utilização das estruturas, laboratórios e pesquisadores da entidade, que também financiará parte da pesquisa.
Macrófitas – Macrófitas, tanto as aquáticas flutuantes quanto as submersas, podem afetar a operação das usinas hidrelétricas. O projeto utiliza uma ferramenta automatizada que analisa imagens multiespectrais para identificar as macrófitas. A técnica também lança mão de modelagem de parâmetros hidrológicos, hidrodinâmicos e hidroacústicos para reduzir a quantidade de vistorias em campo com vistas à coleta de amostras de qualidade da água. Isso faz com que os custos de monitoramento caiam, melhorando a performance das usinas.
Regulador pneumático – Protótipo que está sendo criado em parceria com a Revaix utiliza a pneumática para regular a velocidade de turbinas hidrelétricas. O sistema será desenvolvido para substituir unidades hidráulicas de maior custo, além de proporcionar operação mais limpa (sem o impacto ambiental do óleo mineral usado nas unidades hidráulicas) e facilidade de manutenção.
Estoques Rio Peixe – Fase 1 – Conquistou o 4º lugar no reconhecimento Benchmarking Ambiental Brasileiro devido à sua abordagem e às técnicas na gestão da diversidade de peixes. O projeto foi selecionado entre mais de 40 e os avaliadores destacaram a combinação de ecologia-biologia-genética.
Valoração de Serviços Ecossistêmicos – Realizado em parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE), foi publicado na revista P22-on, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), por suas relevantes contribuições em relação ao capital natural em Serviços Ecossistêmicos nos Programas Ambientais.

 

Sustentabilidade
e inovação nas operações

Oferecer energia limpa, ser eficiente
na operação e no fornecimento
de energia, garantindo a solidez
financeira do negócio

90,2%

93,2%

94,8%

93,8%

91,7%

96,4%

91,9%

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